"MENOS HIPOCRISIA E MAIS PARTICIPAÇÃO DA JUVENTUDE, QUE TAL?"
- fevereiro 17, 2018
- By Unknown
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É fato que
a política vive um dos piores momentos desde a redemocratização. A descrença da
sociedade com a política é notável.
É claro que a sociedade tem motivos
para não mais acreditar na política, oras, o que vemos atualmente é a
impunidade, o cinismo, a falta de ética, a falta de compromisso com o que é
público e o pior de todos os males da política, a corrupção se comportando de
maneira endêmica.
Lendo o livro da jornalista Rachel
Sheherazade, o jornalista Marco Antônio Villa fez um comentário interessante ao
falar sobre a democracia, “Ética, moralidade, competência, eficiência e
compromisso público simplesmente desapareceram”, o que é um fato.
A questão da corrupção é algo
complexo, ela não se resume apenas aos partidos e aos políticos, mas sim como
um mal que está presente no dia-a-dia da sociedade. Se isso for combatido
apenas de forma seletiva ao invés de “Cortar pela raiz” não adiantará nada.
Isso me lembra de uma fala sensata e coerente do Ministro do STF, Luís Roberto
Barroso, onde ele diz que o Brasil naturalizou as coisas erradas e que devemos
ensinar as próximas gerações que vale a pena ser honesto. Outro fato!
Hoje a indignação com aqueles que
fazem a má política é simplesmente seletiva, critica a falta de ética e moral
de governos passados e da “esquerda”, mas se calam e são coniventes quando um
parlamentar recebe auxílio moradia mesmo tendo imóvel em Brasília. É legal, mas
é moral?
Foram às ruas, colocaram patos nas
ruas, bateram panelas, fizeram grandes manifestações pedindo o impeachment da
então presidente da república, Dilma Rousseff (PT), e qual o seu “crime”, era
as “Pedaladas fiscais”, sendo que o então vice-presidente Michel Temer (PMDB)
apresentado como o “salvador” cometeu o mesmo “crime” e não foi punido
igualmente.
Denunciado duas vezes por corrupção,
o atual presidente Michel Temer (PMDB) apresentou a “PEC do Teto” que congela
por vinte anos investimentos em áreas essências da população, sua equipe de
governo é composta por vários investigados em casos de corrupção, aumentou
várias vezes o valor do combustível.
Mas oras cadê as panelas? Cadê a
indignação? Cadê o patriotismo? Cadê o pato? CADÊ?
A manipulação, seletividade e
hipocrisia é umas das coisas que definem a má política.
Menos hipocrisia e mais participação
da juventude. Que tal?
A participação da sociedade e
principalmente da juventude é um dos maiores desafios da democracia em todo o
mundo. A ampliação da presença da juventude nas instâncias de decisão política
encontra desafios em ambas às partes. Se por um lado é necessário que haja uma
modificação nas estruturas das instituições para que elas se tornem mais
abertas para ouvir os anseios da juventude, por outro é igualmente fundamental
fazer a juventude se interessar pela política e criar uma cultura de
participação.
Se fizermos uma pequena viajem ao
passado, nos lembraremos de que as principais mudanças e conquistas importantes
para o país contou com a participação efetiva da juventude. A campanha ''O
petróleo é nosso'', a resistência contra a ditadura militar, a campanha pelas
Diretas-Já, o movimento caras pintadas e recentemente as grandes manifestações
de 2013.
Precisamos reacender a chama da
esperança que fazia com que os jovens sonhassem em ingressar na política,
precisamos recuperar a representatividade, mas com responsabilidade e respeito;
defendendo uma sociedade que respeite todas as diversidades e que abra espaço
para a construção autoral da juventude.
Portanto, fica claro que a
participação da juventude na política precisa ser incentivada. É necessário que
o poder público dinamize os debates públicos, criando eventos com os
cidadãos para os mesmos mostrarem suas opiniões e incentivando cada vez mais a
juventude estar presente nas instâncias de decisão política. Pois se
não ocuparmos a política, alguém ocupará por nós.
Como Marina Silva diz, “Sem a
juventude nada muda” e “Mudar a política é trabalho de qualquer um”.
POR
GUSTAVO HENRIQUE – ESTUDANTE E FILIADO A REDE SUSTENTABILIDADE

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